Fase de serração
A madeira (de castanho ou carvalho), que chega em toros é cortada em abas e, depois, em aduelas. Durante cerca de meio ano, as aduelas vão permanecer em grades ou castelos para secar. Quando as aduelas "são chamadas" ao destino, procede-se à destrinca: as melhores, depois de aperfeiçoadas, são destinadas ao corpo dos barris; as outras servirão para os tampos; e um terceiro grupo das que têm nós ou estão rachadas ficam de lado.
Fase de tanoaria
Os tampos
Os tampos são feitos, unindo-se as aduelas de madeira fraca por intermédio de pregos de duas pontas. Em cada junção é colocada "palha de tábua", para vedar bem.
Seguem-se duas fases de aperfeiçoamento: a de arredondamento do tampo, um trabalho a que um compasso de ferro dá as coordenadas; e a da fundagem (alisamento da madeira).
Os arcos
São feitos em ferro importado da Alemanha. Cortam-se na medida exacta e unem-se as extremidades com cravos.
O corpo do barril
As aduelas utilizadas para este efeito - as mais perfeitas - são cortadas nas medidas exactas e "isquidas" e enlombadas (dá-se-lhe o bojo).
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A montagem
O barril é montado, não com os arcos definitivos, mas sim com os chamados "arcos de bastição", que se caracterizam por uma maior resistência, necessária para aguentar as pancadas com a malho.
Num desses cucos, encaixa-se o "moço" ( faz o lugar de um homem) e a ele se irão encostar as aduelas.
É com a "pareia" que se calcula o n.º de aduelas suficientes para um barril de dada dimensão.
Fechado o círculo, prendem-se as aduelas com outro arco de bastição.
Segue-se o espargimento ( os barris vão ao fogareiro para apertar os arcos).
Trocam-se os arcos de bastição pelos definitivos, mas antes da colocação dos últimos, aplicam-se os tampos, com a ajuda de um "alheta".
Veda-se o barril com parafina e barro.